Ser ou não ser Animal, eis a questão!

Peixes- Palhaço habitando em Anêmonas-do-mar, ambos pertencentes ao Reino Animal

Espécie Humana. De todos os animais,
o Homem é o mais complexo.

Realmente não podemos negar que existe certas espécies que são bem difíceis de serem classificadas. Um exemplo, foram os fungos, que depois de anos de discussões, os biólogos resolveram adotar um reino para eles: O Reino Fungi. Mesmo assim esta classificação é ainda muito discutida, assim como outras classificações.

Esponjas-marinhas: Reparem como as células são mais
simples, e com pouca complexividade.

Percebemos, porém, que dentro de um mesmo reino, principalmente os Animal e Vegetal, ocorrem indecisões na escolha da classificação da espécie. Muitas espécies de seres vivos tem uma anatomia muito parecida com plantas, porém em razão de certas características complexividade acabam pertencendo ao Reino Animal.
As anêmonas-do-mar não são diferentes. Possuem uma morfologia parecida com vegetais, porém é um animal.

Antes de resolver este problema, vamos entender, as principais características que delimitam se a espécie é um animal.

Para ser considerado do Reino Animal a espécie deve apresentar: 

• Multicelularidade e tecidos

 Todos os animais são multicelulares. Porém existem algumas complexidades em relação aos tecidos, pois alguns animais não apresentam tecido (chamados de parazoários). As esponjas, por exemplo, é considerada do Reino Animal, porém, não possuem tecidos. Elas são do filo Porifera, o primeiro filo a surgir dentro do Reino Animal.

Planária. Pertencente ao filo dos
Platelmintos, ela não possui o
sistema digestório completo. 

• Alimentação por ingestão

Com exceção do filo Porifera, todos os animais possuem cavidade digestória. Alias, essa forma de nutrição difere da que é verificada nas plantas, nos fungos, nos procariontes, sendo encontrada apenas em certos protistas heterótrofos que ingerem alimento por endocitose.

• Reprodução

Nos animais podem haver tanto Reprodução sexuada como assexuada, com o padrão, sendo reprodução sexuada com meiose gamética.

• Desenvolvimento embrionário

Óvulo humano sendo fecundado.

O início do Desenvolvimento embrionário dos animais é parecido. Sendo que na reprodução sexuada a célula ovo depois de formada se divide inúmeras vezes, com sucessivas mitoses e depois durante algumas fases - onde se distinguem determinados animais, pois não terminam todo o processo- ocorrem as diferenciações. Existem animais que não terminam a faze da clivagem, como é o caso das esponjas, por isso estes animais, que ainda não passaram pela faze da diferenciação, possuem as partes de seu corpo muito parecidos, ao contrário da espécie humana, que passa por todas as fazes - Clivagem, gastrulação e Organogênese. Neste caso o Homem, possui estruturas mais complexas, e que não consegue se regenerá facilmente, diferente das esponjas.
Outros animais só possuem a ecdoderme e a endoderme como folhetos germinativos capazes de formar tecido. Neste caso estes animais são chamado diblásticos ou dipoblásticos, é caso, por exemplo, dos cnidários. Neste caso por não possuírem a mesoderme, este animais não terão, por exemplo, medula óssea.
Os Animais que possuem os três folhetos germinativos são chamados triblásticos.  

Escorpião dourado, pertencente ao filo dos Artrópodes.

•  Clivagem espiral e clivagem radial

Onde apenas os animais que possuem clivagem radial podem perder uma ou várias de suas células até a fase  de blástula e originar um indivíduo completo; além disso, as células removidas podem dar origem a indivíduos completos. Graças a estas características surgem os gêmeos monozigóticos na espécie humana e há um grande campo de pesquisa com as chamadas células-tronco embrionárias: Cada uma delas tem a potencialidade de dar origem a qualquer célula do corpo. Essas condições não ocorrem em animais com clivagem espiral.

• Cavidades Corporais.

O surgimento de cavidades corporais preenchidas por líquidos criou uma nova arquitetura corpórea, trazendo vantagens, que atuam como amortecedor mecânico entre a parede do corpo e o tubo digestório, além de poder atuar na distribuição de substâncias dentro do corpo e em outras funções.

Além disso trouxe o surgimento de um esqueleto hidrostático, que contribui na sustentação do corpo e na locomoção interagindo com a musculatura; um meio para o transporte de gases ou mesmo um espaço que permite o maior desenvolvimento de órgãos.

Há dois tipos de cavidades corporais: celoma e o pseudoceloma.

• Modos de formação do celoma

Existem duas maneiras de formação do celoma:
Por esquizocelia e por enterocelia.

• Simetria

É quando cada uma das partes de um organismo é o espelho da outra parte. 

• Metameria

Quando o corpo fica organizado em partes que se repetem, chamadas metâmeros ou segmentos.

Agora para quem tem dificuldades em gravar todos os nove filos do Reino Animalia, aqui está uma dica!!!

valeu!!!